Coração em dobro
O amor pelo trabalho e pela família move Jéssica Diniz
Jéssica Diniz nasceu no bairro paulistano da Saúde e mora hoje em Diadema, na região metropolitana de São Paulo. Estimulada pela família e pela curiosidade de conhecer o mundo, descobriu nos números e na análise de cenários o caminho para crescer e estimular o protagonismo de outras mulheres.
Perto de completar 30 anos, ela reflete sobre o amor pelo irmão mais novo, faz planos para novas viagens, sua trajetória de estudos e sua carreira.
Como alguém sai de logística para trabalhar no mercado de capitais?
Pois é, eu gostava de logística, mas desde o começo ficou claro que o mercado era predominantemente masculino, para não dizer totamente fechado para mulheres. Era difícil encontrar, naquele momento, uma mulher que tivesse protagonismo naquele espaço. A opção foi mudar de rota. Eu tinha disciplinas na época que se conectavam com coisas que eu achava interessante. Inspirada nelas, optei por fazer Ciências Contábeis. O mercado de capitais foi meio consequência disso, mas eu passei por outros lugares
antes.
Conta um pouco mais sobre essa trajetória.
Eu trabalhei em empresas como BASF e KPMG antes de ser convidada para trabalhar na RB Capital, que depois se transformaria na Opea.
O que essas experiências te trouxeram de aprendizados?
São lugares que respeitam o papel das mulheres. Eu sempre tive ao meu lado mulheres que se apoiaram e se estimulavam para a construção de suas carreiras, orientadas para futuros melhores, diferentes. Meu convite para vir para a Opea foi feito por uma mulher, a empresa é presidida por uma CEO.
Isso me motiva a também atuar para faciltar espaços de crescimento para outras pessoas, que como eu, entenderam as limitações de mercados muito tradicionais. Hoje eu coordeno uma área dentro da empresa e conto com profissionais mais jovens do que eu e que também são mulheres – e que têm seu espaço e competência para crescer.
Qual sua maior realização pessoal até aqui? Como hoje, mais madura,
Você encara essa conquista?
Eu sempre quis conhecer o mundo. Em 2018, fiz a minhá primeira viagem para a Europa, naquele esquema mochilão, sabe? Estou me preparando para repetir essa experiência, agora, mas com um pouco mais de conforto, ainda bem (risos). O intuito é de conhecer novas culturas, me desafiar no desconhecido, sabendo dos desafios que irei enfrentar em cada lugar novo – e tenho confiança de que vou me sentir confortável para conhecer pessoas, histórias e encarar qualquer adversidade no meu caminho.
O que você espera para o seu futuro?
Eu tento ser um exemplo para mim mesma e minha família. Principalmente para o meu irmão mais novo, que é uma pessoa com deficiência e para quem eu deixaria tudo o que eu tenho. Ele é um guia e uma Inspiração para que eu siga crescendo, conquiste um lugar como sócia. Eu sei que se eu posso, ele também pode. Todas as mulheres podem.